CRIME FINANCEIRO
Moedas Cibercomunitárias
O advento de moedas cibernéticas como a bitcoin facilita a criminalidade
financeira, e em particular o branqueamento de capitais.
Primeira luz
Esta operação visa centros de atendimento telefónico que se aproximam das
suas vítimas para as levar a pagar dinheiro.
PROBLEMA
Roubo, fraude, engano, chantagem, suborno, branqueamento de capitais… Não
faltam maneiras de fazer dinheiro ilegalmente! Os chamados “criminosos de colarinho branco” colhem lucros suculentos com pouco risco.
O crime financeiro varia desde o simples roubo ou fraude cometidos por indivíduos maliciosos até operações em grande escala orquestradas por criminosos organizados presentes em todos os continentes. A gravidade destas actividades criminosas não deve ser subestimada pois, para além das suas repercussões económicas e sociais, estão muitas vezes estreitamente ligadas à criminalidade violenta e mesmo ao terrorismo.
O crime financeiro afecta-nos a todos e tem ganho muito terreno devido ao rápido progresso tecnológico.
Os gangs organizados operam internacionalmente para evitar a detecção e os fundos roubados atravessam várias fronteiras físicas e virtuais antes de chegarem ao seu destino. É aqui que as nossas redes policiais globais desempenham um papel crucial.

CRIMINALITE MARÍTIMA
Um ambiente marítimo seguro e protegido é essencial para o bom funcionamento do comércio mundial e para a manutenção da paz e da segurança internacionais.
Pirataria, rapto e assalto à mão armada
Estas actividades representam ameaças imediatas para os navios mercantes e marítimos.
Criminalidade transnacional no mar
As organizações criminosas estão envolvidas no tráfico de armas e de droga e no tráfico de seres humanos.
A forma mais económica de transportar mercadorias a granel e matérias-primas em todo o mundo é através dos oceanos e das águas costeiras. Mais de 90% das mercadorias do mundo são transportadas por mar. O crime marítimo mina a liberdade de navegação e o comércio global e representa uma ameaça à segurança internacional e à segurança pessoal.
A INTERPOL trabalha com parceiros locais, regionais e internacionais para combater a criminalidade marítima a nível mundial e melhorar a governação marítima. O seu trabalho centra-se em três áreas principais: facilitar a troca de informações, reforçar a capacidade dos socorristas e das forças policiais, e desenvolver parcerias internacionais e intersectoriais.

ORGANISADO CRIMINALISTA
As redes de crime organizado valem milhares de milhões de dólares e operam em muitas áreas do crime.
Em geral, as redes de crime organizado estão envolvidas numa vasta gama de actividades criminosas em vários países. Isto pode incluir tráfico de seres humanos, drogas, bens e armas ilícitos, assaltos à mão armada, contrafacção e lavagem de dinheiro.
– Esta é uma actividade mundial
Com receitas estimadas em milhares de milhões de dólares, as actividades das redes criminosas são apresentadas como as das empresas internacionais legítimas. Têm modelos empresariais, estratégias a longo prazo, hierarquias e até alianças estratégicas que servem um único propósito: gerar o máximo lucro com o mínimo risco.
“Os membros de grupos de crime organizado partilham frequentemente um laço comum, tal como uma ligação geográfica, uma ligação étnica, ou mesmo uma ligação familiar”.
Esta relação baseia-se num laço estreito e inquebrável que promove a devoção e a lealdade.

VEÍCULO CRIME
O crime automóvel é frequente em todas as partes do mundo e tem fortes ligações ao crime organizado e ao terrorismo.
#1 Risco baixo
O roubo de veículos é uma boa forma de os criminosos ganharem dinheiro sem correrem demasiados riscos.
#2 VIN
Em cada automóvel é gravado um número único de identificação do veículo.
– Edição
Crime automóvel” refere-se ao roubo e tráfico de veículos e ao comércio ilegal de peças sobressalentes. Estas actividades afectam os bens pessoais, as empresas, a economia e a segurança pública em todo o mundo.
Embora afecte principalmente os proprietários de automóveis, o roubo organizado de veículos tem também consequências financeiras para as companhias de seguros, prejudica a reputação dos fabricantes de automóveis e está frequentemente ligado a outras actividades criminosas organizadas.
Para grupos do crime organizado, comprar, transportar e comercializar veículos roubados é uma boa forma de fazer dinheiro sem correr demasiados riscos. O tráfico de veículos roubados é normalmente utilizado para financiar e conduzir outras actividades criminosas, tais como tráfico de droga, tráfico de armas, contrabando de migrantes e terrorismo internacional.
O mercado ilícito de peças sobressalentes é outra fonte de rendimento interessante para as organizações criminosas, com muitas aplicações práticas. Isto não só tem implicações financeiras para a indústria, como também coloca os automobilistas em risco, uma vez que as peças sobressalentes ilícitas podem não cumprir as normas de segurança actuais.
Nos últimos anos, a utilização da Internet levou a um aumento significativo na revenda de componentes ilegais de automóveis, tornando esta uma questão importante para a aplicação da lei, fabricantes de automóveis, reguladores e agências de saúde pública em todo o mundo.

BENS ILEGAIS
Os grupos criminosos produzem e vendem uma variedade de drogas e bens ilícitos que põem em perigo os consumidores.
Brinquedos, alimentos, peças de motor…
Nenhum produto, nem mesmo medicamentos, álcool, dispositivos electrónicos e materiais de construção, está a salvo de falsificação, contrafacção ou adulteração.
O impacto da contrafacção afecta a sociedade no seu conjunto, e em particular as empresas que produzem e vendem produtos legais. Os governos perdem receitas fiscais dos produtos fabricados ou vendidos no mercado negro, enquanto os consumidores são expostos a produtos não conformes e mesmo perigosos.

CORRUPÇÃO
A corrupção é universal. Afecta todas as regiões do mundo e todos os grupos da sociedade civil. No entanto, o seu impacto continua a ser mais forte nos países em desenvolvimento.
Os efeitos da corrupção são devastadores: mina a estabilidade política, social e económica e ameaça a segurança e a protecção da sociedade civil no seu conjunto.
A corrupção é um terreno fértil para a actividade criminosa organizada, incluindo o terrorismo, uma vez que os criminosos beneficiam da cumplicidade de funcionários corruptos nas suas actividades ilícitas.
A globalização da economia fez da corrupção um crime sem fronteiras. O mundo competitivo do comércio internacional expõe as empresas ao risco de suborno e de práticas financeiras fraudulentas.
As transacções relacionadas com a corrupção podem ter lugar em vários territórios nacionais, tornando as investigações policiais subsequentes complexas e demoradas.

LAVAGEM DE DINHEIRO

TRÁFICO DE ARMAS
Não há dois iguais.
Cada arma de fogo é única e pode ser identificada pelo número de série, marca, modelo e calibre.
PROBLEMA
Ouso de armas de fogo por criminosos mina a segurança dos cidadãos em todo o mundo. Para além da sua utilização óbvia em assaltos à mão armada e assassinatos, são também utilizados em muitos outros crimes, tais como corrupção, crimes ambientais, tráfico humano, pirataria marítima, crime organizado e actividades terroristas.
As armas ligeiras e de pequeno calibre são fáceis de esconder e de transportar, e o seu tráfico é um negócio lucrativo que alimenta e financia outros crimes graves.

TRÁFICO DE DROGA
Aos criminosos não falta imaginação. As autoridades policiais precisam de se manter a par das rotas das drogas sintéticas e do tráfico descobertas pelos criminosos.
PROBLEMA
As redes criminosas estão envolvidas no tráfico de uma variedade de drogas, incluindo cannabis, cocaína, heroína e metanfetaminas. O aumento da permeabilidade das fronteiras internacionais levou ao crescimento do abuso de drogas e à acessibilidade das drogas à escala global.
Os principais actores neste comércio internacional são os cultivadores, produtores, transportadores, fornecedores e comerciantes. Afecta a maioria dos nossos países membros, minando a sua estabilidade política e económica e destruindo as vidas de muitas pessoas e enfraquecendo as comunidades afectadas. Utilizadores finais e toxicodependentes são frequentemente vítimas de uma rede poderosa e manipuladora.
O tráfico de droga está normalmente associado a outras formas de crime, tais como branqueamento de capitais e corrupção, enquanto que as rotas do tráfico podem ser utilizadas por redes criminosas para transportar outros produtos ilícitos.
Os criminosos estão constantemente a inventar novos métodos de ocultação a fim de transportar drogas ilícitas, dificultando a sua detecção por parte das agências de aplicação da lei. Além disso, são produzidas regularmente novas drogas sintéticas, pelo que as autoridades responsáveis pela aplicação da lei precisam de estar a par das últimas tendências e produtos no mercado ilícito.

TRÁFICO HUMANO
Uma mera mercadoria.
Para os criminosos, as pessoas traficadas são uma mera mercadoria que pode ser utilizada e até vendida para obter ganhos financeiros. Há um total desrespeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana.
PROBLEMA
As vulnerabilidades das vítimas são visadas e são traficadas entre países e regiões através de engano ou coerção.
Quando chegam ao seu destino, são privados da sua autonomia, liberdade de movimento e de escolha, e são forçados a trabalhar em condições precárias. Enfrentam frequentemente várias formas de abuso físico e psicológico.
O tráfico de seres humanos está ligado a uma vasta gama de crimes, incluindo a circulação de fundos ilegais, a utilização de documentos de viagem fraudulentos e a cibercriminalidade.

TERRORISMO
O terrorismo cobre uma vasta gama de ameaças complexas. Concentramo-nos na identificação de terroristas e no combate preventivo às suas actividades.
#1 Métodos, telemóveis e dinheiro.
Compreender estes diferentes elementos e partilhar informação sobre eles é essencial para identificar os terroristas e perturbar as suas actividades.
#2 Medir, detectar e derrotar
Estes conceitos estão no centro da nossa formação policial sobre a utilização de materiais químicos para cometer atentados terroristas.
O terrorismo cobre uma vasta gama de ameaças complexas: terrorismo organizado em zonas de conflito, combatentes terroristas estrangeiros, “lobos solitários” radicalizados, ou ataques químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e explosivos.
– Redes terroristas
Grupos terroristas em todo o mundo estão a atrair pessoas, muitas vezes jovens, das suas casas para zonas de conflito, principalmente no Iraque e na Síria, e cada vez mais na Líbia. A forma como os novos recrutas são visados e depois radicalizados mudou com o aumento dos meios de comunicação social e outros canais de comunicação digital.
Os dados biométricos estão a tornar-se cada vez mais importantes na identificação de combatentes terroristas estrangeiros e na prevenção da sua travessia das fronteiras. Também encorajamos o intercâmbio de dados recolhidos em zonas de combate entre os militares e a polícia.
Através da INTERPOL, as autoridades policiais de todas as regiões do mundo podem partilhar informações e alertas sobre redes terroristas transnacionais para melhor compreenderem os seus métodos, motivos e financiamento, e assim identificar e prender suspeitos.
– CBRNE
Os ataques terroristas utilizando materiais CBRNE (químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e explosivos) podem ter consequências devastadoras para as pessoas e infra-estruturas.
Estamos a ajudar os nossos países membros a prevenir, preparar e responder a tais ataques, o que requer prevenção e resposta coordenadas pelos vários serviços envolvidos, incluindo autoridades policiais, alfândegas, controlo de fronteiras, profissionais de saúde pública, militares, e serviços de inteligência e gestão ambiental.
Fazemo-lo através de três alavancas: partilha de informação e análise de inteligência, desenvolvimento de capacidades e formação, e apoio operacional.
Estas actividades estão em conformidade com a Resolução 1540(2004) do Conselho de Segurança da ONU, que reconhece a natureza essencial dos controlos e policiamento das fronteiras para evitar a proliferação de armas químicas, biológicas e nucleares, bem como o seu desvio por agentes não estatais.